PEC Kamikase. Mais uma vez, o pobre se f***.

PEC Kamikase. Mais uma vez, o pobre se f***.

Vivemos um momento obscuro, de exploração, onde os mais vulneráveis e pobres serão os mais prejudicados e explorados.

 
Na próxima terça-feira, a Câmara dos Deputados coloca em votação a PEC Kamikase. Para quem não sabe, os chamados kamikazes eram soldados japoneses, que na Segunda Guerra realizarem ataques suicidas, lançando seus aviões contra alvos específicos.

 
Quem apelidou esta PEC de Kamikase foi o chefe do Ministério da Economia, senhor Paulo Guedes. O próprio ministro sabe o quão suicida esta PEC é para o Brasil. Na tentativa de alavancar Bolsonaro nas pesquisas eleitorais, a PEC Kamikase cria um falso estado de emergência, prevendo um rombo de quase R$ 50 bilhões nos cofres públicos.

O rombo causado pela PEC fará o preço das coisas subir. O leite do seu filho vai subir, o arroz e feijão da sua marmita vai ficar mais caro, o preço dos remédios que seus pais e avós dependem para viver irão duplicar. Você não vai conseguir comprar mais do que duas cuecas nos próximos anos. Você entendeu pelo menos que quem vai pagar este rombo serão os pobres, por meio da inflação.

A PEC Kamikase contorna a Lei de Responsabilidade Fiscal, criando despesas sem saber de onde vem o dinheiro para pagar, burla a Lei Eleitoral, criando benefícios para Bolsonaro subir nas pesquisas em ano eleitoral, 90 dias antes das eleições, além de burlar a Lei de Teto de Gastos, prevendo novos gastos fora do teto do orçamento da União.

A PEC Kamikase permitirá que Bolsonaro distribua benefícios à algumas parcelas da população, como vouchers de R$ 1.000,00 para caminhoneiros, aumento do Auxílio Brasil para R$ 600,00 e alguns mimos para taxistas e motoristas de aplicativos. É pura jogada eleitoral deste monstro que habita o Palácio do Planalto.

Se Bolsonaro se importasse com o povo brasileiro, ele não teria torrado tanto dinheiro no cartão corporativo, em viagens, férias e motociatas. Ele se preocupa tanto, que os benefícios acima descritos, duram somente até o final do ano. Sim, os mimos concedidos já nascem com uma data para acabar: 31/12/2022. Espero que o governo deste ser abominável também dure no máximo até o nosso próximo réveillon. Se possível, que termine antes.

Resumindo... em 2023, os ricos ficarão mais ricos, e os pobres, coitados, mais miseráveis.